segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
BOAS FESTAS
Canto de Natal - Manuel Bandeira
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
CURIOSIDADES
Sabias que na Islândia é tradição oferecer livros na noite de Natal?
Este costume estimula a cultura e diminui o consumismo nessa época do ano.
Após a ceia, é comum passar o resto da noite a ler.
Que bom que seria se todos os países vivessem esta tradição e a perpetuassem por muitos anos.
O que é que achas desta tradição?
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
Centenário do nascimento da escritora brasileira Clarice Lispector
TRAÇO BIOGRÁFICO DE CLARICE LISPECTOR
Nesta crónica a narradora em primeira pessoa conta a sua primeira experiência com um livro. Porém, este livro é de uma menina má que o oferece emprestado para a narradora, mas sempre inventa uma desculpa para não entregar o livro a ela. Até que a mãe da menina má descobre isso e entrega o livro para a narradora, que passa a saborear o livro como se fosse um amante. Esta crónica tem um cunho autobiográfico como comprovou a própria irmã da escritora dizendo que se lembra da “menina má”.
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía "As reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
José Saramago - Prémio Nobel da Literatura (10-12-1998)
Hoje, dia 10 de dezembro, faz 22 anos que o escritor José Saramago recebeu o
PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA.
BOOK TRAILER do CONTO DA ILHA DESCONHECIDA
https://teoriadoespacourbano.files.wordpress.com/2013/01/josc3a9-saramago-o-conto-da-ilha-desconhecida.pdf
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
8 de dezembro - Dia da Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal.
A solenidade da Imaculada
Conceição, que a Igreja Católica assinala anualmente a 8 de dezembro, é feriado
nacional em Portugal, um reconhecimento à importância desta data na
espiritualidade e identidade do país.
A primeira celebração do culto da
Imaculada Conceição aconteceu na Sé Velha de Coimbra, no dia 8 de dezembro de
1320, há 700 anos.
A ligação entre Portugal e a
Imaculada Conceição ganhará destaque em 1385, quando as tropas comandadas por
D. Nuno Alvares Pereira derrotaram o exército castelhano e os seus aliados, na
batalha de Aljubarrota.
Em honra a esta vitória, o Santo
Condestável fundou a igreja de Nossa Senhora do Castelo, em Vila Viçosa, e fez
consagrar aquele templo a Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
Depois da restauração da
independência que acabou com o domínio castelhano em Portugal e que culminou
com a coroação de D. João IV como rei de Portugal, a 15 de dezembro de 1640, no
Terreiro do Paço, em Lisboa, e como forma de gratidão este rei coroou a Imagem
de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Vila Viçosa como Rainha e Padroeira de
Portugal durante as cortes de 1646.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
"A NOITE DE NATAL" de Sophia de Mello Breyner Andresen
A consoada em casa de Joana é cheia de abundância e alegria. Contudo, a menina lembra-se do seu amigo Manuel, que nem vai ter presentes nem uma mesa farta nessa noite tão especial. Decide, por isso, ir ter com ele e dar-lhe o que recebeu. Guiada por uma estrela, Joana descobre, nessa noite, o verdadeiro Natal.
No dia 3 de dezembro, a Professora
Bibliotecária foi às salas de aula do 5ºB (Maria Caseiro) e do 6ºB (Vanessa
Costa), e no dia 4 de dezembro foi às salas de aula do 5ºA (Professora Maria
Caseiro) e do 5ºC (Paula Saraiva) para fazer a apresentação do livro "A NOITE
DE NATAL" de Sophia de Mello Breyner Andresen. Os alunos ouviram e leram a história, em voz
alta, a partir do visionamento de um PowerPoint.
De seguida, para testar a compreensão da história lida, foi exibido, aos alunos, um questionário elaborado com a ferramenta digital Quizizz.
No final, foi distribuído por todos os alunos um papelinho onde se pedia para eles escreverem os seus desejos para 2021. Estes papéis retangulares serão expostos numa árvore de Natal "desenhada" numa parede da Biblioteca.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
terça-feira, 24 de novembro de 2020
DIA DO FADO celebra-se a 27 de novembro.
No dia 27 de novembro comemora-se o 9º aniversário da
declaração desta expressão artística enquanto Património Cultural Imaterial da
Humanidade, com a UNESCO a distinguir o FADO como tradição e expressão da
identidade da cultura portuguesa (canção típica de Lisboa).
O que é o Fado? A palavra “fado” significa, literalmente,
“destino”. Este é o género musical português mais conhecido em todo o mundo. A
grande fadista Amália Rodrigues levou este estilo musical, a todos os cantos do globo.
O fado é sempre associado a ritmos melancólicos e tristes, ligados à vida dos trabalhadores mais pobres. As suas canções transmitem invariavelmente sentimentos de tristeza e de resignação, sendo bastante emocionais: o expoente máximo da “saudade”, esta palavra exclusiva da língua portuguesa, que explica a ausência e a perda, tão típicas do povo lusitano.
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
11 de novembro - Dia de S. Marinho
Lenda de S. Martinho
Conta a lenda que num chuvoso e frio dia de novembro um nobre
soldado romano, ao regressar a casa depois de uma dura e longa batalha,
encontrou um mendigo com as roupas todas rasgadas, cheio de frio e de fome. Sem
pensar duas vezes, o soldado pegou na sua aconchegante capa de lã e com um
rápido golpe de espada cortou-a ao meio, dando uma das metades ao pobre homem.
Este ficou muito emocionado e revelou-lhe que muitas pessoas haviam passado por
ali, mas nenhuma delas tinha sequer olhado para ele.
O soldado, apesar de cansado da longa e dura batalha
que travara, apiedou-se do homem que se encontrava no caminho e, como
recompensa, Deus fez com que a chuva e o vento parassem. As nuvens abriram e
deram lugar a um sol radioso que os aqueceu e secou. Este homem chamava-se
Martinho e, a partir desse dia, e durante pelo menos três dias, o sol aquece o
frio e chuvoso mês de novembro. É o chamado verão de São Martinho.
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São Martinho nasceu na atual Hungria, no ano de 313, em pleno domínio romano. Este Santo lutou contra tudo e contra todos, inclusive contra o seu próprio pai, para defender a sua vocação e a sua crença em Deus. Apesar de ter feito parte de um contingente militar romano, para agradar a seu pai, São Martinho nunca deixou de defender os fracos e oprimidos e de lutar contra a injustiça.
Ao chegar à conclusão que a sua vida não tinha sentido,
Martinho abandonou o exército e partiu de casa, abraçando uma vida de
isolamento e reflexão. Desenvolveu um importante trabalho de evangelização,
ajudando a converter ao Cristianismo inúmeros povos.
É habitual festejar-se o Dia de São Martinho comendo castanhas. Aparentemente não existe uma relação direta entre estes acontecimentos. Pensa-se, no entanto, que a tradição teve a sua origem porque em novembro é a época das castanhas.
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
DIA MUNDIAL DO CINEMA - 5 de novembro
Em 1895, Paris teve a primeira
sessão pública de cinema, que foi organizada pelos irmãos Auguste e Louis
Lumière. Utilizando um aparelho chamado de cinematógrafo, imagens em movimento
foram projetadas numa tela grande para cerca de 30 espetadores.
Ao cinema atribuiu-se o título de
Sétima Arte, uma designação dada pelo italiano Ricciotto Canudo na obra
Manifesto das Sete Artes, em 1912.
A palavra cinema pode ser
definida como movimento gravado, pois trata-se de uma abreviação de
cinematógrafo. O termo "cine", de origem grega, significa movimento,
e o sufixo "ágrafo", tem significado de gravar.
Georges Mèliés inseriu a
performance teatral na linguagem cinematográfica. Baseado na obra de Júlio
Verne criou o filme Viagem à Lua, exibido em 1902, que levou o cinema a um novo
patamar devido ao uso de "efeitos especiais".
A partir de então, o cinema
cresceu como forma de contar histórias, difundir a cultura e propagar o
conhecimento. O desenvolvimento de equipamentos e a evolução tecnológica
permitiram que a arte se aproximasse do público cada vez mais com realismo.
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Halloween padlet dos 7ºs anos
Para veres mais trabalhos tão bonitos como estes,
basta clicares neste link:
https://padlet.com/pauloguerreiro72/o0eyfazuevfyofg3
TODOS OS ALUNOS QUE REALIZARAM ESTES TRABALHOS,
NA DISCIPLINA DE INGLÊS (7ºano), ESTÃO DE PARABÉNS!
CONGRATULATIONS!