No dia 26 de abril, para comemorar o dia Mundial do livro (23
de abril), a Biblioteca Escolar em articulação com a Direção, solicita que todo
o Agrupamento adira à iniciativa “10
minutos a ler nas Escolas” de maneira a promover a leitura como objeto de
conhecimento, de lazer e de liberdade.
Às 10:30 haverá um
toque e todos deverão iniciar a leitura silenciosa no seu livro ou manual
escolar de Português por um período de 10
minutos assinalados por um segundo toque às 10:40.
Não o prazer, não a glória, não o poder: a LIBERDADE, unicamente a LIBERDADE.
Fernando Pessoa
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" O grande símbolo do 25 de
abril, é o cravo. E que melhor símbolo para uma revolução pacífica do que esta
linda flor que, ainda por cima, é vermelha e verde, as cores da bandeira
nacional? O que talvez nem toda a gente saiba é a origem dos cravos colocados
no cano das armas dos soldados que fizeram o 25 de abril.
A história é bonita e simples:
Uma senhora trabalhava numa
empresa que ia comemorar um ano de atividade no dia 25 de abril. Tinham-na
mandado comprar muitos cravos para a festa de aniversário. Nesse mesmo dia, pela
manhã, quando a senhora chegou à empresa, já a revolução estava na rua e os
patrões disseram-lhe para levar os cravos, pois, se ficassem ali, murchavam.
A senhora trouxe consigo um
grande molho de cravos e, quando encontrou os chaimites a subir para o Carmo,
perguntou a um soldado:
- Vocês estão aqui a fazer o quê?
Eles explicaram que iam prender o
Marcelo Caetano.
E um soldado perguntou:
- A senhora, não tem um
cigarrinho?
- Não tenho cigarros, mas tenho
cravos - disse a senhora.
E foi dando os cravos aos
soldados, que os puseram nos canos das armas. Depois, disso, muitos cravos
apareceram.
Muita gente foi buscar cravos e
os soldados ficavam todos felizes por trazerem o sinal de alegria na lapela. E
no cano das armas. "
José Fanha. Era uma vez o 25 de abril.
Ilustração Abigail Ascenso
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" No 25 de abril, o país
acordou para uma vida diferente. A liberdade era uma coisa nova, e as pessoas
tiveram de se habituar a ela, devagarinho. Como quando nós acordamos, de manhã,
e nos custa abrir os olhos de repente, por causa da luz, também Portugal teve
de aprender a viver sem ditadura.
É bonito fazermos o que queremos ,
mas a liberdade não é só nossa. É normal que não pensemos todos da mesma
maneira.
E é bom.
- Sabes, filho, quando eu disse que
aquela flor se chama Liberdade, não estava a brincar.
A liberdade é frágil. Tem muitos
inimigos. E é como uma flor, que tem de ser muito bem cuidada, para não ficar
murcha.
Essa é a maior lição do 25 de
abril.
Um dia, também tu vais ter o poder
de decidir, com o teu voto, o que queres para o nosso país. Se não o fizeres,
os outros vão decidir por ti.
E quando os outros decidem por nós,
não somos livres. "
Pedro Olavo Simões. "A Flor de
abril : uma história da revolução dos cravos". Ilustração de Abigail
Ascenso.
Houve uma sessão de leitura, na biblioteca, com os
alunos presentes na mesma. Estes ouviram e leram a história “A Fábula dos
Feijões Cinzentos, 25 de Abril como quem conta um conto” de José Vaz em PPT.
O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de abril. Esta data foi escolhida com base na lenda de São Jorge e o Dragão, adaptada para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge (Sant Jordi) e recebem, em troca, um livro, testemunho das aventuras do heroico cavaleiro.
Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exatamente em abril, o primeiro a 23 e o segundo a 22.
Também a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, em 2023, presta homenagem a alguns autores portugueses, cujos centenários de nascimento se assinalam: Eduardo Lourenço (1923-2020), Eugénio de Andrade (1923-2005), Mário Cesariny (1923-2006), Mário-Henrique Leiria (1923-1980), Natália Correia (1923-1993) e Urbano Tavares Rodrigues (1923-2013).
Biblioteca Fernando Pessoa
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Na Biblioteca, os alunos leram e ouviram a leitura do livro "O Ciclo do livro" de Cristina Quental e Mariana Magalhães.
Antes da leitura do livro, os alunos visionaram dois vídeos, um a informar o motivo da escolha do dia 23 de abril para celebrar o "Dia Mundial do Livro" e outro a explicar a evolução do Livro desde a Pré-História até aos nossos dias.