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terça-feira, 25 de abril de 2023

25 de ABRIL - 49 anos


Não o prazer, não a glória, não o poder: a LIBERDADE, unicamente a LIBERDADE.

Fernando Pessoa
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" O grande símbolo do 25 de abril, é o cravo. E que melhor símbolo para uma revolução pacífica do que esta linda flor que, ainda por cima, é vermelha e verde, as cores da bandeira nacional? O que talvez nem toda a gente saiba é a origem dos cravos colocados no cano das armas dos soldados que fizeram o 25 de abril.

A história é bonita e simples:

Uma senhora trabalhava numa empresa que ia comemorar um ano de atividade no dia 25 de abril. Tinham-na mandado comprar muitos cravos para a festa de aniversário. Nesse mesmo dia, pela manhã, quando a senhora chegou à empresa, já a revolução estava na rua e os patrões disseram-lhe para levar os cravos, pois, se ficassem ali, murchavam.

A senhora trouxe consigo um grande molho de cravos e, quando encontrou os chaimites a subir para o Carmo, perguntou a um soldado:

- Vocês estão aqui a fazer o quê?

Eles explicaram que iam prender o Marcelo Caetano.

E um soldado perguntou:

- A senhora, não tem um cigarrinho?

- Não tenho cigarros, mas tenho cravos - disse a senhora.

E foi dando os cravos aos soldados, que os puseram nos canos das armas. Depois, disso, muitos cravos apareceram.

Muita gente foi buscar cravos e os soldados ficavam todos felizes por trazerem o sinal de alegria na lapela. E no cano das armas. "

José Fanha. Era uma vez o 25 de abril. Ilustração Abigail Ascenso

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" No 25 de abril, o país acordou para uma vida diferente. A liberdade era uma coisa nova, e as pessoas tiveram de se habituar a ela, devagarinho. Como quando nós acordamos, de manhã, e nos custa abrir os olhos de repente, por causa da luz, também Portugal teve de aprender a viver sem ditadura.

É bonito fazermos o que queremos , mas a liberdade não é só nossa. É normal que não pensemos todos da mesma maneira.

E é bom.

- Sabes, filho, quando eu disse que aquela flor se chama Liberdade, não estava a brincar.

A liberdade é frágil. Tem muitos inimigos. E é como uma flor, que tem de ser muito bem cuidada, para não ficar murcha.

Essa é a maior lição do 25 de abril.

Um dia, também tu vais ter o poder de decidir, com o teu voto, o que queres para o nosso país. Se não o fizeres, os outros vão decidir por ti.

E quando os outros decidem por nós, não somos livres. "

Pedro Olavo Simões. "A Flor de abril : uma história da revolução dos cravos". Ilustração de Abigail Ascenso.

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Canção de ABRIL


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LIBERDADE

Liberdade, que estais no céu…

Rezava o padre-nosso que sabia,

A pedir-te, humildemente,

O pio de cada dia.

Mas a tua bondade omnipotente

Nem me ouvia.

Liberdade, que estais na terra…

E a minha voz crescia

De emoção.

Mas um silêncio triste sepultava

A fé que ressumava

Da oração.

Até que um dia, corajosamente,

Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,

Saborear, enfim,

O pão da minha fome.

Liberdade, que estais em mim,

Santificado seja o vosso nome.

Miguel Torga

Gaivota, pintura de Nadir Afonso.

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Os alunos do 9.º ano receberam a visita do Capitão Alexandre Marta, para uma palestra sobre a passagem do 49.º aniversário do 25 de abril.



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Houve uma sessão de leitura, na biblioteca, com os alunos presentes na mesma. Estes ouviram e leram a história  “A Fábula dos Feijões Cinzentos, 25 de Abril como quem  conta um conto” de José Vaz em PPT.


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